quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Esperava incansavelmente por um sinal, uma resposta qualquer como "Estou bem", mas nada disso acontecia.
Queria um contato, algo que o fizesse desistir da esperança de um dia tê-la consigo, ou algo que não deixasse morrer aquele sentimento que criara por ela. Tão confuso, tão intenso... tão estranho!
Ele era um estranho pra ela. Ela era perfeita pra ele. Sonhava que suas canções e seus pensamentos descritos naquela folha de papel fossem pra ele. Precisava que fossem pra ele. Mas não eram... e mesmo que fossem, como saberia? Se ela não o respondia, eles nunca haviam trocado mais do que poucas palavras.
Mas sempre que ele a via seu coração batia loucamente. Quando esperava ela passar por aquele mesmo lugar, o relógio parecia parado, mas andava cada vez mais rápido... Ele andava de um lado para o outro e ela não vinha.
Até que apareceu, passou por ele, deu um simples oi... e seu dia já estava ganho.
Todo dia era a mesma coisa: Cada minuto era uma tortura a sua espera. A incerteza o dominava a todo momento até reencontrá-la!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Raio de Luz


Toda manhã o sol atravessa o teto e um raio de luz entra no quarto.
Ela olha a poeira dançar e faz os dedos valsarem na pequena luminosidade.
Ao meio-dia, o raio atinge a porta... e desaparece.
Há dias, ela vive na sombra e no silêncio. Nenhum amigo veio. Ninguém a procurou.
Ela não se aborrece, nem tem medo. Ela nem sabe se ainda vive.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Como aconteceu, ela não saberia dizer, porém, sabia que era dele que ela precisa. Todos as manhãs ao sair de casa, ouvindo suas músicas preferidas era nele em quem ela pensava.
Nas tardes solitárias e cinzentas em que ela tinha apenas a companhia de seu violão, uma caneta e uma folha de papel, era pra ele que ela compunha e cantava... E mesmo longe e sem nunca escutá-la, ele a sentia suave e discreta como a brisa do mar.
Como isso era possível? Sei que parece estranho e totalmente sem nexo, mas de alguma forma eles já se conheciam. Gostos em comum, músicas, livros, idéias... trechos rabiscados no final dos cadernos da escola.
Com um olhar distante e confuso ela disse: "Não sei quem és, mas posso te sentir... "
Do outro lado da cidade, ele escrevia: "Preciso de você comigo, seja você quem for... só o seu rítmo me orienta e me faz ir em busca daquilo que eu ainda desconheço e que tanto desejo... VOCÊ!"